segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Lembration, Lembration...o dia 5 de Novembration...

Ora aqui estamos em Novembro, mês conhecido pelo seu calor, já chamado na gíria dos metereólogos como a Segunda Época Balnear. Este ano São Martinho vai ficar lixado, porque perdeu exclusividade do seu Verão.
Houve aí uns dias de chuva mas foi, vá, chuva de pouca dura, porque hoje, dia 5 de Novembro, está um sol resplandescente, um calor de andar só de bata de talhante sem mais nada por baixo...que por acaso é como costumo andar no meu Talho e também quando estou a escrever os posts no blog.
Se fosse dono duma frutaria diria que gosto de andar com a fruta em liberdade...Se fosse dono de uma loja de ferrangens diria que gosto de andar com a ferramenta a descoberto...Se fosse dono de uma...uhmm...papelaria...uhmm...diria que gosto de andar com a minha edição especial, revista e ilustrada d’Os Lusíadas com comentários de historiadores, com capa de couro, orlada a dourado ao léu.

Mas não. Sou dono de um Talho, por isso não digo coisas dessas. E se dissesse lógicamente teria alguma coisa a ver com carne. Mas seria humor reles e brejeiro. Por isso fica para outro dia. Claro que lógicamente se escreve sem acento no O. Mas ainda bem que estão atentos. Gosto de ter a vossa atenção.

Há algumas semanas, depois de escrever o meu passado post, fiz uma passagem por mais umas das nossas mágnificas Estradas Nacionais e estive num engarrafamento numa Nacional, o que é absolutamente absurdo.
Devia haver uma espécie de Becel Pro-Activ para as nossas estradas, porque elas andam entupidas até às capilares. Nunca esperei encontrar um engarrafamento de vários quilómetros numa Nacional. Por isso uns carros tipo Limpa-neves podiam fazer o serviço de limpar, de vez em quando, as artérias rodoviárias do nosso país. Um Limpa-Neves por dia nem sabe o bem que lhe fazia.

Não quero repetir piadas, porque isso mostra fraqueza e é um desrespeito aos leitores que querem sempre algo novo e fresco. Também não sou um comediante dos programas da manhã da televisão portuguesa. Sou um talhante e como tal sei que nunca se corta um bife da mesma maneira. Mas sem querer ferir susceptibilidades aqui vai...
Nessa incursão pela Nacional passei por mais uma bela localidade com mais um belo nome que também serviría para um belo Santuário. Falo de Cabeça Gorda perto de Santarém. Nossa Senhora da Cabeça Gorda seria bonito. Depois temos também Sarilhos Grandes para os lados de Pinhal Novo. Mas aí dedicava o Santuário aos pastorinhos, porque normalmente quem se mete com psicotrópicos que causam alucinações mete-se em Sarilhos Grandes. E esta foi a seca do dia.

Ora, dia 5 de Novembro. Uma bela data. No Reino Unido celebra-se o Guy Fawkes. Julgo que conheçam a história. Era falada nas aulas de Inglês. Para os menos atentos as aulas de Inglês eram aquelas que tinham um professor ou uma professora que acabava muitas das suas frases imperceptíveis em “ation” (leia-se “eichon”). Para os ainda menos atentos, aulas eram aquelas horas que passavamos dentro duma sala com uma outra data de putos tão ranhosos e mete-nojo como nós e um adulto desesperado aos berros. Segundo sei, o conceito não mudou muito até hoje.
E perguntam vocês: Mas ó shô Alfarêdo, quem é que é que era que foi esse tal e coiso do Gaia Fóques?

Primeiro, é Alfredo e não Alfarêdo.
Segundo, se tivessem prestado atenção às aulas sabiam fazer a pergunta correctamente e não diziam “quem é que é que era que foi”. Um “quem foi” bastava.
Terceiro, Guy Fawkes era um homem que em suas imagens representativas aparece de bigode e barba. Esse homem de bigode e barba tentou explodir o Palácio de Westminster com barris de pólvora em 1605. Falhou e apanhou na boca. Agora é celebrado todos os 5 de Novembro com efígies representando a sua pessoa (de bigode e barba) que são postas em fogo. É uma maneira simpática de lembrar alguém.

O mais parecido com esse indivíduo que temos cá em Portugal será o Manuel Subtil que se barricou nas casas de banho das antigas instalações da RTP em Janeiro de 2001. Porque não celebrar esse dia também? Construir uma efígie representativa de Manuel Subtil e barrica-la numa casa de banho. Não é tão porreiro como pegar-lhe fogo, mas vai daí, e porque não. Mas se seguirem esta ideia parva, por favor não lhe peguem fogo dentro da casa de banho. Façam isso num descampado ou num parque de estacionamento sem carros. Segurança acima de tudo.

Bem, tinha mais umas ideias para escrever neste post, mas já está comprido e chato e admiro as pessoas que conseguiram ler isto até aqui. A vós, os meus respeitosos parabéns. Pode ser que ainda este mês tenha um tempo livre das minhas lides talhantes para vir aqui dar mais uma talhada.

Saúde para todos.