É comprido mas vale a pena, disse-me ela a mim.
Já tinha saudades disto. Eis que volto de novo com nada de jeito para dizer.
Para já, os meus caros leitores, merecem uma explicação de meu tão demorado hiato literário. Passo a explicar. Andaram aí umas insinuações feitas por pessoas que não sabem fazer mais nada senão meter-se na vida dos outros de que eu, Sr. Alfredo do Talho afinal não tinha a minha licenciatura em CTA (Ciências Talhantes Aplicadas).
Pessoas que lançam estas insinuações como quem lança posta de pescada são nada mais que isso...pessoas que lançam postas de pescada, e quem lança postas de pescada lá vai alguma vez perceber da tão complicada ciência que é o Talhanço Aplicado? Ou ter sequer noções de Gestão Carnal? Ou conhecer algo que seja de História dos Talhos? Tudo bem que demorei a receber a nota de Contalhibilidade Empresarial e o meu trabalho de Talho Técnico foi apenas uma página, mas era um dos melhores trabalhos daquela aula. “Less is more” como se costuma dizer.
Más línguas disseram que afinal eu não estava num hiato, que andava era num iate, porque tinha ganho o Eurotrilhões e não tinha avisado ninguém. Antes fosse. Outros disseram que tinha sido raptado e que segundo fontes externas tinha sido visto em três cidades diferentes de Marrocos...à mesma hora. Houve quem dissesse que estava envolvido num caso que se vem a prolongar e que já tomou proporções colossais que é o Caso Talho Dourado. Corrupção nos Talhos portugueses? Mas onde é que isso já se viu? O que é que vão atacar a seguir? O futebol, não?
Aconteceu muita coisa na minha ausência mas o que lá vai, lá vai. Vou-me concentrar na minha “presência” porque para trás urina o asinino fêmea.
Cheguei a uma conclusão. Isto já me vinha a moer o juízo há algum tempo, porque eu dizia sempre “Como é que é possível?” com um discurso exasperado de desacreditação, de cada vez que via, lia ou ouvia algo sobre este país. Os Estados Unidos da América. Muito a sério. Como é que é possível?
“Mas como é que é possível o quê, Sr. Dr. Prof. Eng. Sr. Alfredo?” perguntarão vocês e bem.
Como é que é possível eles serem assim...sei lá...assim como...como eles são...parece tudo...como hei-de dizer...parece coisa de filmes...as ideias que eles têm...os actos que cometem...o Presidente deles...é tudo tão...tão fantochado.
E foi aí que eu juntei o A mais o B e deu AB o que é absolutamente nada. AB não é nada. Pelo menos em maiúsculas. Pode até querer dizer muita coisa, pode ser uma sigla, mas assim a sangue frio não é nada. AB... ok...pode ser “ave” dita com sotaque do Norte, mas mesmo assim é estúpido.
Adiante, juntei eu umas quantas ideias e apercebi-me da verdade absoluta. Os Estados Unidos da América não passam do maior Reality Show alguma vez criado. Muito a sério. Não estou a dar tanga. É como aquele filme, “The Truman Show” só que se passa num continente inteiro. Aliás, os gajos até são engraçados porque depois até fazem filmes como o “The Truman Show” sem eles próprios saberem que são um Reality Show.
“Mas Sr. Dr. Prof. Eng. Sr. Alfredo Ph. D., como chegou a essa brilhante conclusão já por si digna dum prémio Nobel, que é uma espécie de um Oscar mas dos marrões?”
Foi simples. Ora bem. Conquistadores. Colombo. Américo Vespúcio. Magalhães. Zézé Camarinha. Não interessa. Eles foram, viram e desenharam mapas. Encontraram terreno, apalparam terreno. Encontraram nativos, apalparam nativas (e alguns nativos). O sítio era fixe. Alguns ficaram. Até aí tudo bem.
Anos passaram.
Voltemos ao Velho Continente...por volta dos séculos 16 e 17...Velho Continente... talvez Adolescente Continente. Aos 16 e 17 é-se adolescente.
Na Inglaterra andavam lá umas confusões e tal, coisas chatas, pessoal sem sal que andava a ser chagado por pessoal ensosso o que levou a esses sem sal mudar-se para a Holanda. Algum tempo depois, com medo de perder a sua identidade cultural sem sal, pediram a uns investidores Ingleses “Ó por favor, mandem-nos pro continente americano” para lá estabelecerem uma colónia. Ok. Estamos a falar de pessoal que estava na Holanda, países nórdicos. Eu já chego lá. Caaaaaaaaalma.
Eles lá foram, num barquinho para o continente americano, os chamados Peregrinos. E quem lá ia no meio deles? Quem? Nem mais nem menos que um produtor da Endemol. Já me estão a perceber?? Ah pois é!! E foi aqui que tudo começou. Eles foram para lá e começaram a criação do maior Reality Show de sempre. No barco ia lá de tudo. Escritores, operadores de câmara, engenheiros de som, guionistas...todos aqueles necessários para fazer um programa destes. E tem durado até agora. Cada vez mais escalabroso. Por isso vos digo, caros e fiéis leitores. Os EUA não são mais que um grande Reality Show. Só desta forma consigo perceber a razão para aquele povo ter como presidente o Sr. George W. Bush. Ele não é mais que o típico personagem de comic relief que todos os Reality Shows têm.
Eles andam aí.
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