quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tristes Tigres Turistas e Ministros à Mistura

Será que é paranóia aqui do Sr. Alfredo do Talho ou isto traz mesmo água no bico? Não acham estranho que na mesma semana em que DOIS ministros do governo de Sócrates são remodelados, DOIS tigres fogem do Circo Chen?
Não acham que é curioso que os DOIS ministros que são substituídos são respectivamente o Ministro da Saúde Correia de Campos e a Ministra da Cultura Isabel Pires de Lima? Chamem-me maluco mas isto tem “grande plano malvado escrito por toda a parte” (que é uma expressão que funciona melhor em Inglês... “evil masterplan written all over ”).

Ora bem, por mais cruel que seja, Circo é uma arte. Se é arte logo é CULTURA. Dois tigres de um circo fazem parte de algo cultural. Dois tigres de um circo à solta podem fazer muito mal à SAÚDE de uma pessoa que se cruze no caminho deles.
Eu não quero de modo nenhum lançar suspeitas sobre nada, porque ainda não se sabe se os dois tigres foram soltos ou se eles se conseguiram soltar sozinhos.

Um dos tigres podia muito bem ter tatuado a planta da jaula mas para que parecessem as suas listas de origem e ter engendrado esta fuga para salvar o seu tigre irmão. Para tal deixou-se prender pelo Circo Chen e uma vez dentro do Circo foi só levar a cabo um plano muito metódico e bem preparado. Mas esta teoria tem apenas uma falha. Conheço poucos Salões de tatuagens que tatuem tigres.
Mas se não foi ideia dos tigres só pode ter sido ideia dos ministros. Agora só não sei se foi dos ministros que foram substituídos ou dos que vieram substituir.

Convenhamos que é demasiado suspeito. O ex-ministro Correia de Campos e a ex-ministra Isabel Pires de Lima podem muito bem se ter juntado e sabendo que a caravana do Circo Chen estava na Azambuja, vai de soltar dois tigres, porque assim atacavam dois ministérios apenas com um golpe.

O Ministério da Cultura ficava afectado por ter um dos maiores circos de Portugal parado e o Circo Chen sem poder dar espectáculo lá teriam de abrir as portas da Assembleia da República ao público, pelo menos até conseguirem por tudo a funcionar outra vez como antes.
O Ministério da Saúde era também afectado porque o tigre é um perigo para a saúde pública. Para além de ser um bicho que pode fazer muitos estragos num indivíduo que o apanhe de surpresa, é também um bicho que não está habituado a fazer o cocó e o xixi no lugar devido. Aliás, quem é que ia com um saquinho para apanhar o cocó do tigre? Não é como os cãezinhos dos outros portugueses que sabem que o dono lhes vai apanhar o cocó, para não ficar ali nos passeios à espera do incauto transeunte.

Pois é. Depois o Ministro do Ambiente também teria de ser remodelado porque não havia um plano de contingência ambiental, caso um ou mais tigres se soltassem de um circo. Muito pior era se os tigres durante a sua fuga decidissem, vá, digamos, “fazer o amor” com alguma da fauna local. E depois de alguns meses tínhamos pela Azambuja gatos de 2 metros, listados, que faziam uma “miadeira” altíssima na época do cio.
Isto para não falar de que se houvesse um ferido grave, vítima de ataque de tigre poderia dar-se o caso de o INEM não conseguir uma ambulância para as Urgências mais próximas e com próximas quero evidentemente dizer “muito longe”.
Aliás podia dar-se o caso de ter que levar a vítima para um hospital que não estivesse preparado com antídoto para mordeduras de tigre porque aquilo ainda é um ferimento chato.

Não me sai da ideia que isto foi um plano. Mas tanto digo que foi dos substituídos como pode ter sido dos substitutos. Porque também acho estranho que o ex-Ministro Correia de Campos tenha sido substituído por uma mulher, a ministra Ana Jorge, e que a ex-Ministra Isabel Pires de Lima tenha sido substituída por um homem, o Ministro Pinto Ribeiro. Esta troca de sexos no cargo também é muito suspeita.

Estes novos ministros podem ter levado a cabo este plano de soltar os tigres de forma a distrair a povo português em relação a esta substituição. Ah pois é. Enquanto o povo andar aí “Ai, Jesus, que são dois tigres à solta!” não repara que estes dois novos Ministros estão no poder e quando já for tarde Pumba! Mais dois novos impostos! Um imposto de Saúde para cobrir riscos caso ataque de animal exótico e um Imposto de Cultura, que cobra por espectáculos extraordinários caso fuga de animal exótico.

Estejam muito atentos.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Grande Centenário d'O TALHO - 12 meses a talhar

Nunca entendi porque é que quando uma pessoa faz anos tem que pagar um copo aos amigos. Acho que é uma tradição parva. Não só um gajo está a celebrar mais um passo perto da cova como ainda por cima tem que dar de beber à corja toda que o está a felicitar por estar a mais um passo perto da cova.
Depois recebe prendas de 3 ou 4 mas deu de beber a 15 ou 20. E ainda por cima tem que ouvir felicitações das do género: "Conta muitos e que eu veja."
"Conta muitos e que EU veja" é das felicitações mais altruístas que eu conheço e estou a ser irónico como é óbvio. É como quem diz: Estou-me a cagar que faças anos. EU estou vivo e a beber um copo à pala. (thank you, Joy)
Mas não querendo quebrar com a tradição, aqui o vosso tão querido Sr. Alfredo vai oferecer-vos uma prenda naquele que será o post de aniversário d'O TALHO. É como se vos tivesse a pagar um copo e em resposta vocês me dissessem para contar muitos e que vocês vejam.

A prenda que decidi oferecer aos leitores obviamente que não é um copo. Oferecer um copo via internet é estúpido e só funcionou duas vezes.
Tal como falei no post anterior, a minha ideia é fazer um Especial de Aniversário à boa maneira dos Especiais de Aniversário que a televisão nos oferece cada vez que um canal faz anos. Pois é. Os canais não pagam cá copos a ninguém. Simplesmente retiram do ar toda a possível (já quase inexistente) programação de jeito e põem uma ou duas apresentadoras do habitual programa da manhã a apresentar um especial que dura praticamente todo o dia, carregado de artistas de Música Popular Portuguesa, vulgo Pimba e um ou outro artista exumado que participou no Festival da Canção. Isto tudo intercalado com certos trechos nostálgicos de como tudo começou e como foi crescendo.

E é isso que tenho para vos oferecer. Um Especial de Aniversário à boa moda da televisão. A nostalgia que muitos acontecimentos d’O TALHO deixaram. Aquela saudade. O “Ai, já não me lembrava disto” e o “Ai, isto foi tão engraçado” e outras frases que começam com a interjeição “Ai”. Ainda bem que ao longo deste tempo aqui o vosso talhante favorito decidiu tirar umas polaroids de vários momentos e personagens que marcaram este Centenário d’O TALHO. Para melhor visualizarem as Polaroids nostálgicas cliquem sobre as imagens. Elas aumentam. É só truques e interactividade.
Sem mais demoras aqui ficam essses momentos. Epá. Escrevi “esses” com um “S” a mais. Que estupidez. Nunca tal me tinha acontecido. Acontece sempre quando menos se espera. Já me dizia a minha avó “Olha que à presssas que dão em vagar.” E com razão… Hey. Mas agora reparo que a velha também dizia “pressas” com um “S” a mais. Será que é daquelas coisas que salta um geração? Será este “S” a mais uma condição congénita? Será que o grande segredo por trás do genoma humano não é mais do que o















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Bem...e tal como qualquer especial de aniversário da televisão o resultado final não foi o esperado. Algumas coisas correram mal por dificuldades técnicas (malditos PNG!!!) mas fica a intenção e só há que agradecer a toda a equipa envolvida nesta edição e a esperança que, mesmo com todas as dificuldades ocorridas, este post tenha sido do inteiro agrado dos leitores.

E a todos os leitores espero encontrá-los por mais uns anos e que eu veja.


Cheers.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Desejo a todos um Feliz Andar Novo.

Ah, Ah. Estou a brincar. É sempre bom começar com uma laracha ou um comentário jocoso ou um comentário alarachado ou, vá, uma “joca” (joke em inglês...é um anglicismo), para animar logo os leitores. E nada como uma piada relativa à ainda presente época para colocar um sorriso nessas bocas lindas. E nas vossas também.

Não é que não julgue que muitos dos leitores não começaram o ano com um Andar Novo. As loucuras que se fazem na passagem de ano, as bebedeiras que se apanham e as drogas que sorrateiramente são colocadas nos copos fazem com que no dia seguinte muitos acordem com dores nas costas (mais especificamente na área entre-glúteos) e com um andar novo.
Eu por exemplo, comecei o ano com um andar novo. E não tenho medo de o dizer. Não tenho mesmo medo nenhum. Comecei o mês de Janeiro por mudar de apartamento.

Para aqueles que já estavam a pensar que eu tinha sido vítima dessas loucuras de passagem de ano e consequentemente de sodomia, desenganem-se. Não compadeço da vossa dor. Tenho muita pena mas vocês é que têm de ter cuidado e reparar muito bem onde se sentam.
Mas sim, comecei o ano com um andar novo, logo o Feliz Andar Novo também é para mim. E é impecável. Ainda me estou a instalar, mas com calma a coisa vai. Quanto a vocês que começaram o ano com um outro género de andar novo, o meu conselho de talhante é: ponham um saquinho com gelo.

E por falar em talhante. Dia 17 deste mês, este vosso humilde estabelecimento de carnes fará o seu 7 aniversário. Pois é. Como o tempo passa e não se nota. Ainda há pouco os leitores estavam tão tristes e agora depois de 302 palavras (podem contar) estão em completo regozijo (que é uma das palavras mais estúpidas de dizer da Língua Portuguesa) e ainda por cima O Talho faz 4 aninhos. Como nunca sei se vou ter tempo para postar alguma coisa nesse dia fica desde já o aviso para os mais distraídos.

Depois de 12 anos a fazer talhadas sobre tudo e mais alguma coisa e sempre sem nada de jeito para dizer, este vosso querido Talhante só pode ficar nostálgico. Foram 9 anos a gastar (mal) as palavras e a fazer (muito) mau uso da nossa Língua. Aqui deixo um grande abraço a todos que acompanharam esta aventura que durou estes 8 anos e ficam os votos para que consiga manter este baixíssimo nível durante 14 anos mais.

Ainda antes do esperado dia de aniversário deixo-vos aqui um presente. Uma letra nova de uma música antiga para cantarolarem por cima estilo karaoke improvisado. Uma letra de celebração. Uma letra de intervenção...cirúrgica. Uma letra nostálgica. Uma letra analgésica. Uma letra parva.

Saudades do Talho (Music by Trovante)

Há sempre alguém que nos diz: tem entremeada?
Há sempre alguém que nos faz matar um porco
Há sempre alguém que não faz falta
Ahhh, saudade...

Há sempre alguém que nos diz: tem entremeada?
Há sempre alguém que nos faz matar um porco
Há sempre alguém que não faz falta
Ahhh, saudade...

Chegou hoje ao talho a notícia
É preciso avisar por esses povos
Que costoletas e bifes se aproximam
Háaaa, “figádo”...

Há sempre alguém que nos diz: tem “figádo”?
Há sempre alguém que nos faz matar outro porco
Há sempre alguém que é escusado
Ahhh, coitado...

Há sempre alguém que nos diz: tem “figádo”?
Há sempre alguém que nos faz matar outro porco
Há sempre alguém que é escusado
Ahhh, coitado...

Foi leitão que foi assado, com um “chórice”
Bifes porém são de bovino, comem-se com pão
E encharcamos os cornos com um tinto velho
Ahhh, bebemos e comemos...

Há sempre alguém que nos diz: tem picado?
Há sempre alguém que nos faz picar um kilo
Há sempre alguém que põe mais vaca
Ahhh, vaca...

E vem o dia em que dobrada, chispe, orelha e rabos
Se juntam numa bela de uma feijoada
P’ra um gajo encher as trombas
Ahhh, com um tinto maduro...

Há sempre alguém que nos diz: tem veado?
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que podemos mandar
Ahhh, pró caralho...


Versão censurada e socialmente correcta da última quadra preparada de propósito para os mais sensíveis e pouco habituados a determinada linguagem:

Há sempre alguém que nos diz: tem homossexual?
Há sempre alguém que nos faz indagar por momentos
Há sempre alguém que podemos enviar
Ahhh, para a extremidade do mastro principal de um barco...


Tenho já uma ideia para o que fazer no dia do aniversário d’O Talho. Ora pois. Apanhar uma grande bebedeira. Mas como sou muito cauteloso no que bebo e como bebo, não vai cá haver drogas colocadas sorrateiramente na minha bebida para acordar no dia seguinte com um andar novo. Nada disso. Depois disso, outra ideia será um post especial de aniversário à boa moda dos especiais de aniversário da Televisão, se me apetecer.
Aguardem. Tenham paciência. Já conhecem aqui o Sr. Alfredo. Adoro criar grandes expectativas para depois defraudar e desiludir.

Tenham cuidado.