Desejo a todos um Feliz Andar Novo.
Ah, Ah. Estou a brincar. É sempre bom começar com uma laracha ou um comentário jocoso ou um comentário alarachado ou, vá, uma “joca” (joke em inglês...é um anglicismo), para animar logo os leitores. E nada como uma piada relativa à ainda presente época para colocar um sorriso nessas bocas lindas. E nas vossas também.
Não é que não julgue que muitos dos leitores não começaram o ano com um Andar Novo. As loucuras que se fazem na passagem de ano, as bebedeiras que se apanham e as drogas que sorrateiramente são colocadas nos copos fazem com que no dia seguinte muitos acordem com dores nas costas (mais especificamente na área entre-glúteos) e com um andar novo.
Eu por exemplo, comecei o ano com um andar novo. E não tenho medo de o dizer. Não tenho mesmo medo nenhum. Comecei o mês de Janeiro por mudar de apartamento.
Para aqueles que já estavam a pensar que eu tinha sido vítima dessas loucuras de passagem de ano e consequentemente de sodomia, desenganem-se. Não compadeço da vossa dor. Tenho muita pena mas vocês é que têm de ter cuidado e reparar muito bem onde se sentam.
Mas sim, comecei o ano com um andar novo, logo o Feliz Andar Novo também é para mim. E é impecável. Ainda me estou a instalar, mas com calma a coisa vai. Quanto a vocês que começaram o ano com um outro género de andar novo, o meu conselho de talhante é: ponham um saquinho com gelo.
E por falar em talhante. Dia 17 deste mês, este vosso humilde estabelecimento de carnes fará o seu 7 aniversário. Pois é. Como o tempo passa e não se nota. Ainda há pouco os leitores estavam tão tristes e agora depois de 302 palavras (podem contar) estão em completo regozijo (que é uma das palavras mais estúpidas de dizer da Língua Portuguesa) e ainda por cima O Talho faz 4 aninhos. Como nunca sei se vou ter tempo para postar alguma coisa nesse dia fica desde já o aviso para os mais distraídos.
Depois de 12 anos a fazer talhadas sobre tudo e mais alguma coisa e sempre sem nada de jeito para dizer, este vosso querido Talhante só pode ficar nostálgico. Foram 9 anos a gastar (mal) as palavras e a fazer (muito) mau uso da nossa Língua. Aqui deixo um grande abraço a todos que acompanharam esta aventura que durou estes 8 anos e ficam os votos para que consiga manter este baixíssimo nível durante 14 anos mais.
Ainda antes do esperado dia de aniversário deixo-vos aqui um presente. Uma letra nova de uma música antiga para cantarolarem por cima estilo karaoke improvisado. Uma letra de celebração. Uma letra de intervenção...cirúrgica. Uma letra nostálgica. Uma letra analgésica. Uma letra parva.
Saudades do Talho (Music by Trovante)
Há sempre alguém que nos diz: tem entremeada?
Há sempre alguém que nos faz matar um porco
Há sempre alguém que não faz falta
Ahhh, saudade...
Há sempre alguém que nos diz: tem entremeada?
Há sempre alguém que nos faz matar um porco
Há sempre alguém que não faz falta
Ahhh, saudade...
Chegou hoje ao talho a notícia
É preciso avisar por esses povos
Que costoletas e bifes se aproximam
Háaaa, “figádo”...
Há sempre alguém que nos diz: tem “figádo”?
Há sempre alguém que nos faz matar outro porco
Há sempre alguém que é escusado
Ahhh, coitado...
Há sempre alguém que nos diz: tem “figádo”?
Há sempre alguém que nos faz matar outro porco
Há sempre alguém que é escusado
Ahhh, coitado...
Foi leitão que foi assado, com um “chórice”
Bifes porém são de bovino, comem-se com pão
E encharcamos os cornos com um tinto velho
Ahhh, bebemos e comemos...
Há sempre alguém que nos diz: tem picado?
Há sempre alguém que nos faz picar um kilo
Há sempre alguém que põe mais vaca
Ahhh, vaca...
E vem o dia em que dobrada, chispe, orelha e rabos
Se juntam numa bela de uma feijoada
P’ra um gajo encher as trombas
Ahhh, com um tinto maduro...
Há sempre alguém que nos diz: tem veado?
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que podemos mandar
Ahhh, pró caralho...
Versão censurada e socialmente correcta da última quadra preparada de propósito para os mais sensíveis e pouco habituados a determinada linguagem:
Há sempre alguém que nos diz: tem homossexual?
Há sempre alguém que nos faz indagar por momentos
Há sempre alguém que podemos enviar
Ahhh, para a extremidade do mastro principal de um barco...
Tenho já uma ideia para o que fazer no dia do aniversário d’O Talho. Ora pois. Apanhar uma grande bebedeira. Mas como sou muito cauteloso no que bebo e como bebo, não vai cá haver drogas colocadas sorrateiramente na minha bebida para acordar no dia seguinte com um andar novo. Nada disso. Depois disso, outra ideia será um post especial de aniversário à boa moda dos especiais de aniversário da Televisão, se me apetecer.
Aguardem. Tenham paciência. Já conhecem aqui o Sr. Alfredo. Adoro criar grandes expectativas para depois defraudar e desiludir.
Tenham cuidado.
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