quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Sobre as lapas

“Eu sou alcoólico.” Foi assim que o indivíduo se apresentou, quando abordou a, ou cambaleou até à, mesa. Mesa onde me encontrava com uns amigos, na conversa, enquanto esperávamos que o jantar chegasse. Falávamos de trivialidades e de vez em quando inseríamos um comentário jocoso ou uma laracha, assim para animar o ambiente. E apareceu o companheiro, levantando-se da mesa onde estava, trocando o passo até à nossa mesa. Estendeu-nos a mão para cumprimentar, mas com muita dificuldade. Aquilo foi mais um “atirar de mão” para o meio da mesa, do que um passou-bem direccionado, tal era o estado de perícia visual. Lá o cumprimentamos. Depois ficou ali, a bambolear tipo palmeira em noite de tempestade no mar, a olhar para nós, e nós a olhar para ele (nós era mais segui-lo com o olhar, pois o gajo não parava de balancear). Ele olhava para nós, nós para ele, ele para nós, nós para ele, ele para nós…Se fosse um filme, seria um western spaghetti do Sergio Leone, exactamente naquelas cenas em que o Homem Sem-Nome e o Vilão ficam meia-hora em planos picados e aproximados de rosto. Ora um, ora outro. Ora um, ora outro. Câmara mais próxima. Ora um, ora outro. Ora um, ora outro. Só se ouve o vento. Meia hora nisto. Grandes clássicos da “cóboiada”.

Mas voltando ao tema do início, o indivíduo ali ficou. Deve vez em quando lá levava a cerveja, que bebia pela garrafa, à boca. E de vez em quando lá acertava no sítio certo. E depois fez aquela revelação que me chocou profundamente (senão estaria a falar sobre outro assunto qualquer) duma forma quase tão oscilante quanto o corpo dele:

“Eu sou alcoólico.”

Foi um choque. É que aquela afirmação bateu-me forte quase como se fosse a Palavra Divina. Como se o Senhor tivesse vindo à Terra de propósito só para me dar esta Mensagem. Foi uma revelação.

É que não se notava nada. O amigo deve ter percebido que, durante aquele período de tempo, no nosso momento western spaghetti, nós não tínhamos dado conta que ele era alcoólico. Com toda a sobriedade (possível) ele ajudou-nos a perceber o que se passava com ele. E rematou logo a seguir com um “Na boa?”

Claro que nós dissemos que sim. Sempre na boa. O chato era que nós queríamos jantar e ter alguém ali ao lado a bambolear ao sabor do vento não é nada agradável, tendo em conta que podia vir uma rajada forte, apanha-lo por trás e ele balançar para cima da mesa. Tentar comer com um alcoólico estendido na mesa não deve ser confortável.

Bem, o dono do café lá chegou e levou o colega dali para outro lado. Este não nós abandonou sem antes voltar a atirar a mão para o nosso centro em jeito de despedida. Depois das despedidas feitas lá seguiu, ora para um lado, ora para o outro, de volta ao mesmo lado, mais umas passadas para o outro.

“Eu sou alcoólico.” Foi o que ele disse. A minha dúvida foi: será que ele estava a dizer que ele era como o vinho, a cerveja e o whisky e não como a água, o sumo e o leite? Porque os primeiros três são de facto alcoólicos, mas não andam para aí a abordar pessoas nas mesas de café a dize-lo. Uma pessoa percebe isso porque no rótulo vem o grau de álcool. Mas as pessoas não têm rótulo. Mas podiam trazer. Facilitava em muita coisa.

Eu sei que à partida isto não é lá grande assunto para um post. Mas se esta fosse a primeira vez que me acontece, isso sim, não havia motivo para dizer nada. Mas aqui o Sr. Alfredo já passou das boas com indivíduos ao nível deste, e em todas as localidades pelas quais já assentei pé. Sempre que estou em amena cavaqueira com uns amigos, numa mesa de café ou numa esplanada, é sempre a nossa mesa que recebe a visita dum alcoólico. Devemos ter alguma coisa que os atrai. Mesmo assim, para eles todos uma mão estendida para os cumprimentar. Espero que acertem. Uma pessoa sabe que eles acertam quando já estamos a dar um passou-bem e eles estão com os olhos virados para outro lado qualquer.

À vossa saúde.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Com todos

Ah. Digam lá. Já tinham saudades. Pois é. Mas o Sr. Alfredo nem só do Talho vive. Tem também muitas matanças a fazer. E desmanchamentos. Coisas que ocupam muito tempo e que não permitem que a montra de carnes apareça mais preenchida. E saudade…Ai…a saudade. Há lá coisa mais portuguesa? Deve haver. De certeza. Talvez o Bacalhau à Brás…ou é Bacalhau à Braz? Já vi escrito das duas maneiras em menus e em livros de culinária. Quem seria esse Sr. Brás? Ou Sra, vá…podia ser uma Sra. Mas como também há o Sr. Zé do Pipo leva-me a crer que o sobrenome Brás (ou Braz) seja de um homem. Sinceramente, muitas receitas de bacalhau me levam a acreditar que foram inventadas e nomeadas por homens. Vá, senhoras leitoras. Calma. Não é um comentário sexista. É uma mera observação sem qualquer intenção tendenciosa. Agora, voltem lá para a cozinha lavar o resto da loiça e/ou para a marquise estender o resto da roupa.

Onde é que eu ia? Ah. Ora, então além do Sr. Braz (ou Brás), temos o Sr. Zé do Pipo, o Sr. Assado, o Sr. Lagareiro, o Sr. Assis, o Sr. Natas, o Sr. Assado nas Brasas, o Sr. Cardeal, o Sr. Espiritual, o Sr. Alho, o Sr. Broa de Milho e o Sr. Roubado que fica ali como quem vai para Odivelas.

A única Sra. que até agora identifiquei neste caso do bacalhau foi a Sra. Bruxa de Valpaços. Já agora, aproveito para mandar um grande abraço aos amigos de Valpaços e uma beijoca à Bruxa de lá, que criou lá no seu caldeirão esta boa receita de bacalhau.

“Mas, ó Sr. Alfredo…o senhor tem aqui um talho e está a falar de bacalhau.” Dirão vocês com um certo tom de indignação e uma pitadazinha de ironia e dois ou três dentes de alho picados. E dizem bem. Não podia estar mais de acordo. Estou mesmo a falar de bacalhau. Muito perspicazes, estes leitores! Começaram a ler e viram a palavra bacalhau e pumba! Perceberam logo que estava a falar de bacalhau. Estão todos de parabéns.

Também ouve um passarinho…e também houve um passarinho. O primeiro “ouve” é apenas para ver se estavam atentos, e se o ouviram acabaram de receber um exame aos ouvidos de borla (se não ouviram o passarinho, o melhor é tratar disso o quanto antes porque com a saúde não se brinca…excepto o sistema de Saúde Nacional. Esses “gandas” malucos, pá. Eheheh. Sempre na brincadeira, pá. Um gajo nunca sabe quando é que o pode levar a sério, pá. Eheh. “Gandas” malucos, pá.). O segundo “houve” é do verbo Haver e não do verbo Houver. Mas houve um passarinho que me disse que os meus posts se tornam muito compridos e que se chega a meio e já estamos fartos de ler coisas que não são nada de jeito.
Isto levou-me a duas reacções.

A primeira foi: Fosga-se! Um pássaro que fala!! E que tem opinião própria!! Aqui HÁ talento!!!

A segunda foi: Ó pássaro, tu por acaso não queres um manager, bater aí umas “boites” com uns espectáculos de variedades e ganhar uns cobres com esse teu dom?

A terceira foi: Sim, de facto são uns posts bem compridos, para quem não tem nada de jeito para dizer, mas diga-se de passagem que até agora tenho cumprido o propósito de não dizer nada que se aproveite o mínimo.

O pássaro aceitou aquilo que lhe disse e, este Sábado passado, estivemos no Maxime com o nosso primeiro espectáculo. Infelizmente, no final do espectáculo ele ausentou-se com uma prostituta não-portuguesa e quando o voltei a encontrar ele estava muito doente. Acabou por falecer na noite de Domingo. Tinha contraído a gripe aviária porque não usou protecção. Por isso, e em jeito de finalmente, aqui fica um concelho para os leitores:

São Brás de Alportel. Brás e não Braz.

Até logo.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

O chamado “Humor de Casa de Banho” – A sequela

Como podem verificar, logo ao ler o título, aqui está a Sequela do post anterior.

Não, não é a “Parte 2”, nem muito menos a “Segunda Parte”. É a Sequela. Tenho no entanto que pedir imensa desculpa a todas as pessoas que seguiram as instruções do post anterior e escreveram no seu monitor a marcador ou caneta de acetato “Parte 1” ou “Primeira Parte”. Mas eu tenho a solução. Podem cobrir isso com uma caneta correctora ou corrector de fita e já está. Tudo resolvido e deixam de haver mal-entendidos.

Pois é. Perguntam e muito bem: Mas ó Sr. Alfredo, porquê A Sequela?
Ora, muito simples. Isto tudo porque, e sem demorar muito com

e é aí que a salsicha tem um papel muito importante na temática do chamado Humor de Casa de Banho.

Agora por outro lado é dito que a salsicha é feita de restos de porco. É mentira. Eu que sou talhante posso garantir que não é. Os restos de porco servem para outros fins. E desde quando é que a salsicha tem a ver com porco? Esses teóricos da carne ainda são piores que os teóricos de estatística. Não percebem nada. Pensam que é pôr a imagem de um porco numa lata e pronto…a salsicha é feita de porco. Se fosse assim tão simples púnhamos imagens do que quiséssemos em latas e olha! Já está. É uma lata disto ou daquilo. Era vê-los a por a imagem da Pamela em latas. Havia de ser lindo.

E julgo que não há mais nada de jeito a dizer sobre este já longo assunto que é o chamado Humor de Casa de Banho.

Ah. Já me esquecia! No início disse que tinha que pedir imensa desculpa a todas as pessoas que fizeram o que eu pedi no post anterior, que por si são também as mesmas que o lêem, por isso aqui vai a lista de imensa desculpa a todos vós:

1 - Belarmino Sobreira, imensa desculpa.

2- Prima Elisabete, imensa desculpa.

Volto logo.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

O chamado “Humor de Casa de Banho”

Não na mesma temática do post anterior (o POST-erior), mas na mesma localização, ou seja, no mesmo espaço físico: a casa de banho. Certo, já é a segunda vez que falo de casa de banho e isto só em 4 posts. Certos teóricos de estatística provavelmente diriam que sou tendencioso naquilo que escrevo e que a minha escrita é na maior parte das vezes apoiada nessas magnificas câmaras de água (Water Chambers a.k.a. WC…é isso que significa, não é fantástico?É pois!). Mas desenganem-se. Primeiro, porque sei que nenhum teórico de estatística lê O Talho. Segundo…não há segundo.

Agora sem mais deambulações, devaneios, divagações, digressões, desvios, desvarios, delírios, disparates ou despropósitos que me afastem do tema título. Eu como homem sério e directo, sou particularmente contra qualquer deambulação ou devaneio ou divagação ou digressão ou desvio ou desvario ou delírio ou disparate ou despropósito que me faça distrair do meu assunto primário. Por isso não vou ceder a nenhuma deambulação ou devaneio ou divagação ou digressão ou desvio ou desvario ou delírio ou disparate ou despropósito. Muito menos a qualquer repetição ou redundância.

Muito criticado por uns e cruelmente enxovalhado por outros, o Humor de Casa de Banho tem sido vítima dos mais cruéis comentários da parte de teóricos de estatística. É verdade. Reuniões abolicionistas têm sido feitas à socapa nos núcleos e associações de Teoria Estatística Nacional, com o intuito de acabar com o Humor de Casa de Banho. Mas o que será que estes teóricos têm contra o Humor de Casa de Banho. Eu não sei. Não faço ideia, mesmo. E é lá com eles.

Mas para criticar o Humor de casa de banho há que saber o que é o Humor de casa de banho (reparem que agora escrevi casa de banho em minúsculas, e só porque tive preguiça de carregar no Shift…como fiz agora para escrever Shift).

Vamos separar as águas. Humor de Casa de Banho. Duas coisas separadas. HUMOR e CASA DE BANHO (uso excessivo do Shift).

Humor, do Lat. humore, s.m., qualquer fluido contido num corpo organizado; humidade; disposição de ânimo, do temperamento, natural ou acidental; veia cómica.

Daqui já se podem retirar muitas elações, mas como eu não gosto de retirar nada sem antes pedir, vou fazer apenas uns comentários, já de hábito, sem qualquer conteúdo interessante.

Ora, o Humor é líquido. E é húmido. E pode acontecer naturalmente ou acidentalmente. Até aqui tudo bem. Vejo muita associação com a Casa de Banho, que também contém líquido, também é húmida e as coisas que se lá fazem podem acontecer quer naturalmente, quer por acidente. Agora, a veia cómica é que é uma grande descoberta. Depois da jugular, da carótide e da aorta acho que a veia cómica é das mais importantes. É como a costela feminina que muitos dizem ter (e alguns até têm mais que uma). Mas procurando num mapa de veias, a veia cómica não é assim tão fácil de encontrar. Eu acho que a minha nasceu atrofiada, porque já vamos em 8 parágrafos e ainda não disse nada com piada. Mas vá…acho que passo já para a punchline antes que isto descambe. Porque este é assunto para mais que um post.

Portanto, se leram o post até este ponto, façam-me um favor. É o seguinte: Com um marcador e/ou caneta de acetato, escrevam depois do título do post “Parte 1” ou “Primeira Parte”. Assim é um contributo do leitor ao trabalho aqui deste talhante que tanto se esforça para servir as melhores bifanas a todos vós.

Logo volto com a “Parte 2” ou “Segunda Parte” porque ainda há muito por falar desta polémica do Humor de Casa de Banho.

Voltem sempre.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Leitura de Casa de Banho

Sou adepto da leitura de casa de banho. Pesquisei na net (um diminutivo de INTERNET) que existe uma série de livros criados apenas com esse propósito. Eu acho que é uma óptima ideia. São uns quantos minutos em que estamos ali sentados que podem ser aproveitados para alguma leitura. Mas têm de ser textos de leitura rápida.

Rótulos de embalagens são dos mais apreciados. Através deles ficamos a saber que ingredientes contem um champô, o resultado deslumbrante no nosso cabelo, as principais causas da caspa e a morada da empresa que fabrica. Ficamos também a saber o que contem os produtos de limpeza, o creme depilador, a espuma de barbear, o insecticida. Não é que seja útil para as conversas do dia-a-dia ou tertúlias de café, mas é um bom material para o devido momento.

Revistas de fofocas são mais ou menos, ficam num grau intermédio, porque pode até ter algo interessante e ficamos ali durante mais tempo que aquele necessário e as consequências de tal acto podem ser muito graves.

Desaconselho panfletos de hipermercado, principalmente se forem da parte da comida. Ver comida e o acto laborioso de estar sentado na sanita, não se devem misturar, a meu ver.

Panfletos que envolvam a secção de Mobiliário, Automóvel, Brinquedos (estes mais no Natal) já podem ser vistos como moderada leitura de casa de banho, têm é pouco de interesse cultural.

Ora, os textos deste talho também são boa leitura de casa de banho, mas se não tem um portátil pode ser problemático. Não é que eu veja problema em levar o computador do escritório para o WC como um problema, mas se ponderarmos bem acho que isto até se pode imprimir e levar em suporte papel para a casa de banho.

E a quantos de nós não nos aconteceu chegar ao final, derivado à distracção e deparar com a falta de papel higiénico? Não aconteceu a 15 pessoas. Fui confirmar. Mas mesmo assim. Se tivermos algo que funcione como substituto de papel higiénico, os nossos problemas poderão ser, no mínimo, amenizados. Coisa que não acontece se levarmos um portátil ou um desktop para a casa de banho…espero eu.

Saúde.

Idioteoria

Há alguns anos atrás, era eu um puto ranhoso (ou um ranhoso dum puto) andei na Catequese. A minha mãe quis, por isso eu fui. Ainda era naquela altura que a palavra da mãe é ordem e tinha que se cumprir. Era aquela fase em que me tinha que vestir com as roupas que a mãe escolhia. Felizmente nunca tive que me vestir com um vestido de mangas de balão. Já nesses tempos um rapaz que se vestisse com um vestido desses era mal visto pelos amigos. Mas essa fase de me vestir como a minha mãe queria cedo acabou e aos meus 22 anos passei a vestir-me como eu queria. Triste era já não existirem vestidos com mangas de balão que me servissem. A Ana dos Cabelos Ruivos nem sabe a sorte que teve (espero que se lembrem da série, porque senão este comentário poderá passar um pouco ao lado).

Anyway, dizia eu que há anos atrás andei na Catequese. Durante os anos variou o dia. Mas entre os 7 dias da semana lá tinha eu uma aulinha de Catequese. Levava o meu Catecismo todo dobrado na mão ou no bolso do casaco, mas depois tornei-me esperto como os outros e passei a não levar e dizer que via pelo da colega, para ficar junto a uma rapariga que tivesse...mas nunca correu assim tão bem. Também tínhamos uma Catequista, que também variou ao longo dos anos e que quando faltava era substituída pelo padre, logo não havia maneira nenhuma de não ter a lição de Catequese...a não ser que faltássemos mesmo. Mas depois, se faltasse, contavam à minha mãe e nessa altura era ela que ainda me comprava a roupa, por isso não era muito conveniente.

Eu sei que escrever tanto torna-se chato para quem lê, mas como disse, leiam isto quando não tiverem nada de jeito para ler.

Onde quero chegar com a história da Catequese para além de mostrar o quão triste era a minha vida na adolescência. Quero chegar ao seguinte: depois de tantas lições de religião, que até são bastante interessantes, há daquelas coisas que ficam marcadas e esta é uma delas a omnipresença de Deus.

"Deus está em todo o lado e só se manifesta de vez em quando." Ok. Tudo bem. Nada de novo. Mas depois descubro que o herpes também é assim. O vírus Herpes Simplex também se encontra sempre presente e só se manifesta de vez em quando. Isto leva-me a crer que quando sofremos de herpes estamos presentes a um milagre, tal como uma aparição de Deus. O Herpes está sempre presente na mucosa da boca (em alguns casos na área genital) e só se manifesta em alturas de fragilidade imunológica. Deus também aparecia em alturas de fragilidade de fé. O herpes aparece em forma de bolha branca. Deus aparece em forma de pomba branca. O herpes é uma doença viral, geralmente benigna. Deus é a representação teológica do Bem. O vírus Herpes Simplex 1 é representado por HSV-1. O tetragrama de Deus, que era escrito da direita para a esquerda é HVHY. Há um padrão aqui, garanto.

Embora tenha tido aqueles anos todos de Catequese, não sou lá muito religioso, mas mesmo assim acho que de entre os dois, prefiro Deus. Deus, por mais que se tente, não é transmissível.

Um passou-bem.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

O meu Segundo Post

Ainda não tenho nada de jeito pra escrever no blog. Digo ainda porquê no primeiro post não tinha nada de jeito para escrever. Também não quero dizer que a partir deste segundo post hei-de ter algo de jeito pra escrever. Se tivesse algo de jeito pra dizer editava um livro e não escrevia num blog, embora cada vez mais haja a tendência de editar livros baseados em blogs. Não tem ciência nenhuma, visto que já está tudo escrito no blog, é só fazer um copy e depois um paste, arranjar uma editora, um gajo conhecido pra fazer o Prefácio e pronto! Temos um livro que na primeira edição já vendeu mais de 15.000 exemplares e já está numa edição posterior.

Com este interlúdio, dá para perceber um pouco do que se vai passar aqui n'O Talho. Nada de jeito (ver primeiras linhas deste Segundo Post para confirmar).

Antes os escritores escreviam livros e não tinham blogs. Havia revistas onde editavam os seus textos. Essas revistas eram, vá, mais ou menos blogs. Mas também escreviam obras completas. Depois com o aparecimento dos blogs, houve escritores que já tinham livros editados que decidiram criar um blog e depois decidiram editar um livro com as suas entradas do seu blog. Sempre é mais um livro para o catálogo.
Eu não pretendo escrever um livro, mas pisco já o olho a uma editora ou duas para que se quiserem editar um livro deste blog é só comunicarem comigo. E estes dois posts já dava para um bom livro. Há livros com menos conteúdo e com textos menos interessantes do que estes dois posts deste blog. Muitos desses livros foram retirados de blogs como este. Encontram-se à venda nos hipermercados e livrarias e estações de serviço.
Se dois posts aparentam ser pouco conteúdo para um livro podemos preenche-lo com desenhos e fotografias...ou até mesmo desnhos com códigos para colorir...e umas imagens para colocar Kalkitos...ou uns puzzles de Sudoku.

Bem...tenho mais que fazer. Logo que tenha tempo volto para escrever mais nada de jeito.
Isto até pode funcionar como serviço para a comunidade. Cada vez que perguntarem: "Então, que tens lido?" "-Oh...nada de jeito." "-Ah...também andas a ler O Talho. É. Realmente. Nada de jeito."

As melhoras.